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domingo, 25 de maio de 2014

Simbolo da consciência ecológica

“99 não é 100”


Valter dos Santos: símbolo da consciência ecológica
Foto: Downtown Filmes
A frase “99 não é 100” é dita pelo reciclador Valter dos Santos, hoje falecido,  ao ressaltar a importância de reutilizar as latas de alumínio. Está entre os personagens reais do documentário Lixo Extraordinário, dirigido por Lucy Walker que conta um pouco da história e obra do fotógrafo e artista plástico brasileiro Vik Muniz e também da vida de cerca de 2.500 catadores de lixo do até então maior aterro sanitário da América Latina. Essa frase pode ser usada como uma metáfora a respeito das obras de Muniz. De maneira habilidosa (permita-me dizer até mágica) as fotografias presentes no filme mexem com nossa percepção de maneira singular, quando observadas de ângulos diferentes surpreendem ao espectador.
Ganhador de prêmios no Festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de Sundance, em 2010, o documentário Lixo Extraordinário, dirigido por Lucy Walker, foi indicado ao Oscar em 2011. Disponível em DVD, com 90 minutos de duração, conta um pouco da história de um dos mais renomados artistas plásticos da atualidade em todo o mundo, o brasileiro Vik Muniz. O fotógrafo, pintor e artista plástico brasileiro ganhou notoriedade e prestígio mundial ao criar imagens a partir de materiais sólidos e fazer fotografias do alto, um trabalho considerado intrigante que lhe proporcionou um status de artista respeitado no cenário contemporâneo.
Vik Muniz realizou muitos trabalhos inusitados como a cópia da famosa Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, utilizando como matéria-prima manteiga de amendoim e geleia de morango. Pintou também o retrato de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, utilizando calda de chocolate, além de recriar obras do pintor francês Oscar-Claude Monet. Muniz é considerado um grande artista contemporâneo conceitual. Em suas obras, a ideia e o conceito são os aspectos de mais relevância. Como definiu o artista estadunidense Sol LeWitt, em arte conceitual “todo o planejamento e decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia torna-se na máquina que origina a arte.” Durante o documentário pode-se observar um planejamento que envolve não só o artista como também os catadores – coautores – no processo de criação das obras.





Vik Muniz produz novo olhar sobre realidade do  Jardim Gramacho

 Para aqueles que acham a arte conceitual seca e até entediante, o trabalho de Muniz, no filme Lixo Extraordinário, é uma boa opção para rever seus conceitos. A arte contemporânea desse artista brasileiro nos traz emoções diversas, nos surpreende e emociona em diversos momentos da narrativa dessa montagem, nos faz refletir sobre o papel da arte na vida da sociedade. Vik aparece no início do documentário demonstrando sua pretensão em fazer uma exposição, tratando do lixo e dos catadores de um aterro sanitário, propondo um desafio de mudar a dura realidade dos catadores.
O documentário traça uma linha tênue entre a arte e a vida sofrida de cerca de 2.500 pessoas que trabalham em um dos maiores aterros sanitários do mundo em volume recebido, que funcionou até junho de 2012, no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Apesar de viverem em uma realidade muito sofrida, tendo que conviver com ratos, sujeira e muita pobreza, os moradores do aterro demonstram certo orgulho de sua profissão de catadores. Trata-se de um filme onde a emoção perpassa toda a narrativa, mostrando em vários momentos a intimidade dos catadores do Jardim Gramacho, suas dificuldades e preconceitos enfrentados diariamente. A narrativa emocionante mostra momentos únicos da dura realidade de pessoas sofridas, mas que não perdem a alegria e a esperança de viver e de alcançar seus sonhos.


Artista fotografa recicladores e recria imagens com projeções e objetos achados no lixo

Em meio à dura realidade de um lixão, o documentário discute o papel da arte nos dias atuais, de como ela pode ser usada para mudar a realidade. Os catadores de lixo tornam-se coautores das obras de Muniz, pois são fotografados pelo artista e participam da montagem das obras utilizando o próprio material que eles coletaram no aterro. Eles se sentem ainda mais envolvidos no trabalho realizado ao se verem e se reconhecerem nas obras de arte.

Trabalhadores retratados participaram da produção de obras de arte
Ao criar suas obras a partir de objetos pouco convencionais para a arte chamada tradicional, como por exemplo, os materiais descartados no aterro do Jardim Gramacho, Muniz busca de certa forma se afastar da ideia de criar objetos de luxo como os que podemos observar nos museus, aproximando-se das concepções de arte mais contemporâneas, e fugindo de qualquer tipo de categorização. O documentário Lixo Extraordinário é uma ótima opção para quem deseja conhecer um pouco mais da arte conceitual contemporânea desse renomado artista brasileiro, além de assistir um belo documentário sobre a realidade dos catadores do Jardim Gramacho.
por Leomir Santana de Souza

Movimento Catamisto



O que é?


CATAMISTO
   Catamisto – catar e misturar – movimento arregimentado no fim da década de 70, cujo próprio nome já prenunciava uma nova maneira de encarar o mundo e seus problemas atuais com o meio ambiente. Justamente essa junção de palavras, criando neologismos, caracteriza o foco do movimento, que hoje reúne artes plásticas (pintura, escultura), música, moda, poesia, culinária, artesanato e os anseios de uma geração de artistas que clamam por um mundo melhor para se viver.
   O Catamisto não pretende se enquadrar em estética alguma. Sua estética é própria e o movimento faz questão de se manter alijado de quaisquer comparações, pois, nele, o maior interesse é a mudança de consciência – “recicle sua alma”-, diz uma de suas letras.
   O Catamisto surge para alertar sobre os perigos que a humanidade corre ao não cuidar da natureza, dos bens não-renováveis e de seu próprio espírito. Todo trabalho realizado pelas vertentes artísticas do movimento parte do princípio da renovação – destruir e reconstruir -, ensejando um aconselhamento ao ser humano: “para mudar o mundo, temos que, primeiro, mudar a nós mesmos”. Essa auto-destruição, em benefício de um renascimento do homem busca o elemento básico de transição: a revolução pela arte; a revolução internalizada, centrada no altruísmo, que faz o homem imaginar um mundo melhor para seus filhos e descendentes.
   De modo prático, o Catamisto trabalha com materiais recicláveis: banners, revistas, cartões postais, portas de armário, radiografias, tampas de máquinas de lavar, peças de automóvel, palavras banalizadas e tudo mais que se puder encontrar no lixo ou no desuso. Esses materiais são transformados em arte, em palavras em favor da consciência para a preservação do meio ambiente.
   O resultado é uma celeuma voluntária, que perturba a mente, incita à reflexão e quebra os parâmetros cristalizados sobre arte. Esse novo caos permite ao homem se reorganizar e sentir a necessidade de ter novas necessidades. O Catamisto não é mais uma tentativa de empreender modismo; o Catamisto está dentro de cada um de nós. Infelizmente, a fisiologia da nossa psique só nos permite mudanças radicais quando uma situação caótica nos é apresentada. O Catamisto luta contra isso. O que se pretende é uma antecipação às piores constatações e resultados que possamos obter por conta da nossa irresponsabilidade. Vamos mudar, enquanto é tempo; enquanto ainda há tempo!
   O movimento não poderia encontrar veio mais propício para sua propagação senão pela arte. Ela, que mexe com a sensibilidade humana, que transforma e promove a reflexão. É esse veículo, que a partir de então, vai impregnar a nossa mente com a inquietação própria dos artistas. Nesse caso, uma inquietação extensa a todos, mesmo que não percebamos isso.
   O Catamisto se estampa, nas telas, na música, nas esculturas, na boca do povo, sem tempo de esperar. Aliás, tempo já faz que precisamos mudar.

Introdução 
Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade  foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra.
Importância e vantangens da reciclagem 
A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletivade lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.
No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.
Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.


Um comentário:

  1. Lixo Extraordinário é uma ótima opção para quem deseja conhecer um pouco mais da arte conceitual contemporânea

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